segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Mais um dia


Depois de um ano cheio de discussões, com ameaças de que o mundo ira acabar (e não acabou) estamos todos aqui novamente, quatorze dias se passaram em 2013, e a vida de muitos retorna a velha rotina de levantar cedo e ir trabalha. E outros por sua vez ficam pensando, as ferias estão acabando, tenho que comprar meu material e depois passar 200 dias olhando para aqueles malditos professores que não faltam para que possamos ter aula vaga.
Porque pensar assim? Muitos temos o velho hábito de ver tudo da forma mais negativa possível.
Porque não pensar que, as ferias estão terminando, tenho que comprar meu material, e passar 200 dias pensando naquele gatinho novo na minha sala, e ficar horas conversando com minhas amigas. Rir muito da cara daquele professor novo que não sabe o que vem pela frente. 
É os bons tempos de colégio, sinto falta deles, das fofocas no corredor, das partidas de truco no fundão da sala, dos capotes na aula de educação física, de sair correndo para matar a aula daquela eventual chata, e lógico das ficas no fundo da escola.
É pena que isso passa e muitos de nos não fizemos nada disso, (bom eu não sei vocês mais eu fiz muito).
Bom, mais um ano letivo se aproximando, e para alguns será o ultimo. Então deixo um conselho curtam cada minuto que se passa em sala, pois quando acabar você vai poder se lembrar, do que te fez rir e do que te fez chorar, e quando a formatura chegar, e um amigo ou não muito amigo vai fazer o discurso de despedida, e depois vocês vão esquecer que não eram os melhores amigos do colégio, e enquanto ele estiver fazendo o discurso você vai se lembrar, e quando ele terminar lagrimas vão rolar, e você e seus amigos vão poder se abraças, assinar varias camisetas e tirar varias fotos juntos.
            Esse é o conselho que o somos, fomos e seremos deixa essa semana. Obrigada por lerem, comente e deixem recados para nos, pois somos jovens hoje e queremos que façam as coisas que fizemos erradas certas. Divirtam-se muito, se esse for seu ultimo ano faça-o inesquecível, e se não for, não deixe para o ou os próximos anos, comece agora, afinal lembranças boas nunca é demais.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Psicologia e Homossexualidade

A raiz do preconceito por alguém que tem uma outra orientação sexual explica-se pelo fato de não haver controle sobre o prazer dessa pessoa. A banalização do prazer heterossexual ou até mesmo a ausência dele, faz com que haja um desejo inconsciente de que esse alguém que não compartilha o mesmo desejo seja condenado a ser ainda mais infeliz, por sua orientação sexual e a maneira como busca o prazer. É uma forma de amenizar a própria insatisfação.O preconceito contra o homossexual espelha a incapacidade de lidar com a própria miséria afetiva, além de mostrar a vulnerabilidade da heterossexualidade; não que as pessoas estejam se tornando gays por tais fatores, mas que há, atualmente, um grande hiato no relacionamento entre homens e mulheres, e o mesmo acaba sendo preenchido com ódio contra todos que não seguirem determinado padrão.
 Acho que poucos homossexais frequëntam sessões de terapia por temerem situações embaraçosas como um psicólogo que lhes proponha a conversão para a heterossexualidade ou que os trate como doentes mentais. A própria psicologia lidou de certa forma com preconceito e indignação perante o tema; o que historicamente só agravou o estado emocional do paciente. O homossexual precisa enxergar a terapia como uma forma de harmonizar seus interesses com os da sociedade e vice-versa, para assim otimizar a sua vida emocional e sexual. É uma forma de compreender e ser compreendido. Ninguém está certo ou errado. Os dois lados só precisam se entender na nebulosa e árdua tarefa da satisfação sexual, adotando um diálogo totalmente franco e radical no sentido de se alcançar maior segurança emocional, o que infelizmente não ocorre nas conversas corriqueiras do âmbito social.
  Este texto têm apenas o caráter de reflexão, sendo que foi baseado na experiência clínica, não tendo nenhuma conotação normativa ou taxativa sobre o assunto. O enfoque será totalmente na homossexualidade masculina. A primeira conclusão do tema para a pessoa realmente honesta é como cada ser humano expõe sua parte homossexual propriamente dita, sendo um completo tabu a discussão de tal questão. Seja biológica ou psiquicamente, todos sabemos que possuímos traços masculinos e femininos que serão desenvolvidos e reforçados perante a tutela de um sistema de valores sociais. Obviamente o sistema vigente condena a prática homossexual e todo o desejo resultante da mesma, lançando estigma e culpa no mais alto grau perante uma pessoa. O interessante é notar como outras questões sexuais são absolutamente desprezadas ou negadas, apenas por não terem qualquer prova de que algumas fantasias sexuais, avançam a certeza de uma determinada escolha sexual. Um exemplo disto é o fato de que qualquer pessoa que já trabalhou com a questão da prostituição feminina, sabe que uma das fantasias preferidas pelos homens nos prostíbulos é ser dominado e estimulado via anal por uma mulher, sendo tal fantasia uma forma de realizar seu desejo de dominação pela mesma, seguindo o mesmo caminho ou trilha de uma prática parecida com a homossexual,através de uma maneira que não lhe recaia toda a culpa. Outra variante passiva é ficar extremamente dependente de um relacionamento, ou o ciúmes exacerbado. Se pensarmos em termos de relações e prazer, o homossexual não deixa de ser para o heterossexual, a nível simbólico, uma mulher ideal no imaginário masculino; alguém sem nenhuma culpa ou receio do prazer sexual, e que procura incansavelmente o mesmo; além do que, sexo é uma primazia, e não um jogo de sedução confuso e subliminar.Uma das raízes da repulsa, se encontra exatamente neste ponto, pela descoberta de que outra orientação sexual talvez esteja mais avançada ou ousada no tocante ao prazer.
 
Um dos grandes erros da compreensão da homossexualidade, foi justamente se concentrar no estudo das causas, se esquecendo de sua dinâmica. Pouco importa se o homossexual é alguém totalmente fixado na figura materna, como diz a psicanálise, desejando se tornar uma mulher, à fim de se identificar com a maneira pela qual sua mãe lhe proporcionou afeto e amor; ou então, a teoria de CARL GUSTAV JUNG, de que possuímos duas energias sexuais: anima( energia feminina no homem), e ânimus( energia masculina na mulher), sendo que a homossexualidade seria a sobrecarga de uma destas na pessoa. O fato em questão, é que o homossexual assumiu por completo seu desejo de alguém totalmente semelhante para a entrega sexual, estando totalmente enamorado de si mesmo. Necessita através do outro ver e reviver o prazer com o próprio gozo, mas não em termos masturbatórios, mas alguém que espelhe sua maneira peculiar de obter prazer. Aqui podemos falar do tão propalado conceito do narcisismo, embora a conotação que se dá ao mesmo é pejorativa, quando se trata da homossexualidade. O interessante é que ninguém critica a busca desenfreada pela beleza e estética, sendo que a mesma têm a mesma raiz de vaidade e narcisismo, se tornando um produto extremamente solicitado. Se pensarmos na tensão constante das relações entre homens e mulheres, teremos aqui não uma explicação para a prática homossexual, mas, uma reflexão de que para algumas pessoas a excitação se encontra em sua própria imagem projetada em outra pessoa.
O homossexual é representado via de regra como alguém que possui traços ou trejeitos femininos, sendo uma mulher travestida em um corpo masculino. Embora isto ocorra, temos de enxergar que nosso sistema de valores obriga tal fato, sendo que alguém que têm comportamento sexual diferenciado, deve representar tal papel. Assim sendo, se determinada pessoa adquirir um traço feminilizado, será de certa forma aceita em sua comunidade, já que será objeto de curiosidade ou entretenimento para os demais. Em determinadas culturas primitivas, a homossexualidade era tolerada desde que a pessoa exercesse as mesmas funções de uma mulher. Há uma tentativa de se imputar o papel irônico ou de deboche na escolha sexual, desviando a atenção da essência da questão. Logicamente estou falando da expectativa do preconceito vigente, jamais analisando como determinada pessoa deveria se portar. O fato é que a sociedade necessita vestir uma "saia" no homossexual, renegando por completo aquele ser que almeja seu gozo por pessoas do mesmo sexo. Então se conclui que um homossexual com características femininas é feliz pela alegria de sua opção, gay, que em inglês, significa alegre. Qualquer outra representação é vista como escondida ou carregada de conflito ou tristeza pura. O homossexual com traços masculinos é visto como uma pessoa que precisa viver eternamente como se tivesse cometido algum tipo de crime;também é visto como uma terrível ameaça, pois, é um homem comum que coloca em risco nossa certeza heterossexual, sendo que há um perigo extremo de que o mesmo possa despertar nossa curiosidade para outra prática sexual. Se pensarmos historicamente na cobrança pela sociedade de que o homossexual deva assumir sua condição, concluiremos que tal exigência têm o único intuito de rotulação e estigmatização, pois ninguém exige que um heterossexual assuma publicamente suas fantasias sexuais. Novamente falando em preconceito, o "assumir", possui para a sociedade o pretexto para a futura condenação e segregação.
 A questão homossexual não deixa de ser uma das mais árduas batalhas por determinado tipo de prazer, sendo que a orientação para determinado gozo, implicará numa gama enorme de culpa e vergonha por tal iniciativa. A sociedade trata o homossexual como se o mesmo estivesse em um tribunal, tornando público seu mais íntimo desejo privado. O que mais incomoda, não é lidar apenas com a ironia perante a diferença, mas, principalmente o olhar de espanto e indignação. A questão que deveria ser objeto de debate e análise não é determinada prática sexual, mas quantos ainda conseguem investir afetivamente em determinado parceiro; quantos ainda são capazes realmente de amar uma pessoa. Para um melhor entendimento e compreensão da escolha homossexual, os pais deveriam ter em mente que jamais deveriam sentir culpa ou vergonha por um filho com uma outra orientação sexual, mas, que o valor real da criação e educação é a capacidade de uma pessoa ser independente; saber sobreviver e viver em nossos mundo; desenvolver potencialidades que a conduzam numa satisfação por sua criatividade e certeza de contribuir para uma melhora do coletivo em geral. O homossexual jamais pediu a benção da sociedade para seu gozo ou prazer sexual, mas, tão somente, que seu caráter jamais seja julgado por seu desejo. Este talvez seja o maior desafio para o presente e futuro das relações sociais.
 Não deixa de ser curiosa a posição de quase todas as religiões contra a prática homossexual. Pois tal fato, além de contrariar um princípio básico bíblico: "amai-vos uns aos outros", sendo que não há referências hetero ou homoeróticas, mas sim o princípio genérico. O fato é que tudo isto esconde que dito mandamento jamais foi e será seguido, enquanto o próprio ser humano não perceber que sempre esteve preso no amor estritamente condicionado, seja à sexualidade, poder ou dinheiro. É uma extrema tolice achar que a homossexualidade é uma opção, pois, ninguém opta por algo que causa tanta consternação, mas, há uma mobilização afetiva e sexual, causada por fatores biopsíquicos e histórico pessoal de vida, que conduzem a pessoa para determinada excitação. Seria interessante uma vez na vida, as religiões tentarem verdadeiramente compreenderem outras formas de amor e prazer, do que a insistência em dogmas rígidos, que como disse antes, quase nunca são seguidos. a homossexualidade masculina é um tema que leva o autor para o fio da navalha: se escrever profunda e acertadamente também recairão sobre ele as suspeitas e preconceitos da sociedade. A melhor abordagem será mesmo tratar a homossexualidade como uma das variadas gamas da sexualidade humana.Precisamos entender que a natureza humana não pode ser comparada a prisão do condicionamento, como ocorre na vida de insetos ou outros animais, onde determinado comportamento sexual apenas serve à perpetuação da espécie. O prazer humano é questão totalmente distinta e singular,servindo a outros objetivos mais vastos, do que a simples reprodução de uma espécie. Assim sendo, a homossexualidade nos chama nossa atenção para que jamais nos esqueçamos desta dinâmica. 

 "NÃO TEMA A TERAPIA, MAS A UTILIZE PARA A MUDANÇA DE UM SOFRIMENTO QUE PARECE NÃO TER FIM." 


Novo Começo

Novo Começo

Todos temos momentos difíceis na vida, o pior é quando temos que nos descobrir.
Para muitos isso é complicado, aos catorze as mudanças hormonais, aos dezessete o fim do ensino médio (muitos nem sabem o que fazer), aos dezoito o primeiro emprego para a maioria ao menos, o começo da vida responsável. Alguns às vezes não se sabem como lidar com isso, começar uma nova fase da vida é como estar preso em um labirinto sem fim, não tendo ideia que a porta de saída esta ao lado piscando como um grande letreiro luminoso com os dizeres "Saída Aqui.", permanecendo preso e perdido no tempo e espaço, tendo apenas uma grande confusão em sua cabeça.

A grande pergunta para isso é: "Por que?". Por que ficar sem saída, sem ideias, ou só por não saber quem é ou do que gosta, sem saber o que quer para os próximos anos de sua vida.

Ser jovem, não é fácil, é saber tomar decisões mesmo que difíceis ou erradas, facilitando ao menos um pouco ser adulto, fase que o tempo logo trará.